"Quem me dera que eu fosse o pó da estrada"
(Alberto Caeiro)
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...
2 Comments:
O sentimento de pena é dos mais tristes entre humanos.
Se alguém sofre ou sorri é porque está a viver a sua vida e deixar marcas naquilo que um dia será o seu passado. E quem são depois os outros para sentir pena...
Que ajudem os que sofrem e que sorriam com os que sorriem!
By Anónimo, at 1:33 da tarde
A pena por si próprio é a pior.
Concordo contigo, devemos sorrir com as coisas boas, entristecer com as coisas más...
O passado deverá ser encarado como um "já passou" e nunca como "nunca deveria ter sido".
By Anónimo, at 3:30 da tarde
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